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Podcast
Tech Leadership Rocks
Episódio 235

Estratégia técnica para resultado de negócio com Karina Moraes

• 1 hora e 3 minutos

Neste episódio, Edu Matos e Karina Moraes, Senior Engineering Manager na Atlassian, discutem sobre importância de unir tecnologia e geração de valor nas empresas. Entre outros assuntos elas abordam os desafios da comunicação e da tomada de decisão em equipes de engenharia, a importância de estratégias de manutenção e operação, além de como entender os interesses dos membros da equipe pode levar a um melhor desempenho e satisfação no trabalho, além de obviamente mensuração de resultados, refatoração de código e comunicação eficaz entre equipes.

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Se você tem um time que nunca discorda, tem algo errado. Diversidade de perspectiva é essencial para resolver problemas complexos.

— Karina Moraes

Capítulos

00:00:00 Introdução
00:00:54 Quem é Karina Moraes
00:03:01 Como fazer o link entre tecnologia e geração de valor
00:09:20 Resistência do time a uma mudança técnica
00:15:33 Não existe solução perfeira. Existem trade-offs
00:21:47 Como criar uma boa relação com PMs e stakeholders
00:28:52 A relação Product Manager/Tech Lead não pode ser de um mandar e o outro obedecer
00:32:47 Como mensurar valor em melhorias de tecnologia
00:42:30 Os proxys mais simples para mensurar valor na entregas de tecnologia
00:48:40 Como lidar com o desafio de equilibrar demandas de engenharia e negócio
00:54:37 Conselho para líderes em cima do muro entre tech e negócios
01:00:20 Mensagem final

Resumo deste episódio

Unindo tecnologia e geração de valor

Para quem atua tecnicamente, vincular código a resultados de negócio pode ser desafiador. A chave está em contextualizar o trabalho no objetivo maior:

  • Times devem entender por que existem e como suas entregas impactam metas organizacionais.
  • Ferramentas como OKRs ajudam a alinhar objetivos individuais, de time e corporativos, criando uma cadeia clara de valor.
  • Em times de plataforma (cujos "clientes" são outros engenheiros), o valor muitas vezes está em reduzir custos operacionais ou permitir escalabilidade, mesmo sem contato direto com o usuário final.
  • Comunicação contínua sobre o propósito das iniciativas técnicas é essencial, especialmente durante o planejamento estratégico.

Resistência a mudanças voltadas ao negócio

Conflitos entre soluções técnicas "ideais" e necessidades pragmáticas de negócio são naturais. A gestão eficaz envolve:

  • Framework de decisão transparente: Avaliar trade-offs como tempo de implementação, custo de manutenção, alinhamento com a estratégia de longo prazo e impacto na produtividade.
  • Exemplo: A escolha entre microserviços e monolitos deve considerar o custo cognitivo da manutenção versus a agilidade no desenvolvimento.
  • Abraçar a imperfeição calculada: Às vezes, aceitar débito técnico temporário acelera a entrega, desde que haja um plano para resolvê-lo posteriormente.
  • Diversidade de perspectivas no time é saudável, mas a decisão final deve ser baseada em dados e contexto específico.

Construindo relações com stakeholders

Líderes técnicos precisam de empatia e clareza para navegar entre engenheiros, Product Managers e outras áreas:

  • Defina contratos explícitos: No início de colaborações, esclareça papéis, responsabilidades e pontos fortes de cada pessoa.
  • Em ambientes multiculturais, evite suposições: normas culturais influenciam expectativas (ex.: proatividade versus hierarquia).
  • Adote transparência radical: Compartilhe desafios operacionais, trade-offs e riscos com a liderança sênior, sem ocultar problemas.
  • Times de plataforma devem focar em habilitar outros times de engenharia, ajudando-os a atingir suas próprias metas.

Mensurando impacto em atividades intangíveis

Como quantificar o valor de refatorações, testes ou redução de débito técnico?

  • Relacione ao risco ou custo atual:
    • Número de incidentes evitados com melhor cobertura de testes.
    • Tempo economizado em operação (ex.: redução de tickets de suporte).
  • Pesquisas de satisfação: Métricas de produtividade percebida pelos engenheiros (ex.: facilidade para fazer mudanças no código).
  • Distribua esforços de forma estratégica:
    • 10–15% em operação/reactive work.
    • 10–15% em melhorias de produtividade.
    • 70–80% em inovação e geração de valor direto.
  • Caso não haja dados diretos, mostre como a iniciativa acelera entregas futuras ou reduz riscos.

Equilibrando pressões: Qualidade vs. Velocidade

Líderes ficam no "meio do campo" entre a busca por excelência técnica e a demanda por agilidade:

  • Priorize sustentabilidade: Invista continuamente em saúde do sistema (ex.: 10–15% do tempo do time em melhorias) para evitar "paradas emergenciais".
  • Em contextos de alta pressão (ex.: lançamento de produto), comunique os trade-offs: "Aceitamos débito técnico X para entregar mais rápido, mas retomaremos o tema em Y meses".
  • Empresas grandes exigem certezas maiores nas apostas devido ao custo de coordenação entre times. O alinhamento consome mais energia que a construção em si.
  • Incentive o time a propor soluções (não apenas apontar problemas): Engenheiros devem trazer métricas, casos de negócio e planos para resolver débitos técnicos.

Conselho para líderes

Para quem enfrenta dificuldades na gestão de tecnologia e negócio:

  • Seja vulnerável e aberto: Admita desafios, peça ajuda e esteja disposto a aprender – mesmo em cargos sênior.
  • Experimente na prática: Aprender com erros é mais eficaz que teoria. Aceite desafios além da sua zona de conforto, estabelecendo contratos claros sobre expectativas.
  • Cultive redes de apoio: Conecte-se com mentores e pares de outras áreas para trocar perspectivas e soluções.
  • Foque no potencial humano: Entenda as motivações individuais do time e alinhe-as com oportunidades de impacto.

Conclusão Alinhar tecnologia e geração de valor exige mais que habilidades técnicas: demanda comunicação clara, transparência nos trade-offs e empatia com todas as partes envolvidas. Líderes que contextualizam seu trabalho no panorama do negócio, medem o que importa e gerenciam expectativas de forma proativa não só resolvem conflitos – mas criam espaços para inovação sustentável. A chave está em equilibrar pragmatismo com visão de longo prazo, sempre mantendo o foco no impacto real.

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