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Podcast
Tech Leadership Rocks
Episódio 172

Shape Up com Lucas Bittencourt

• 59 minutos

Metodologias ágeis não se resumem somente a Scrum e Kanban. Uma alternativa que vem ganhando espaço no mercado é o Shape Up, uma abordagem desenvolvida pela 37signals para organizar e executar projetos de maneira mais eficiente e estratégica contando diversas práticas no mínimo polêmicas. Neste episódio o Lucas Bittencourt, Country Manager na 37signals, conta sua experiência usando essa metodologia na empresa que a criou.

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O backlog é um monte de coisas que só vão te dar trabalho para manter. Se uma ideia for realmente boa, ela vai acabar voltando de forma natural como uma demanda latente do cliente.

— Lucas Bittencourt

Resumo deste episódio

O Que é o Shape Up

O Shape Up pode ser descrito como uma combinação de boas práticas, ferramentas e princípios. Diferente de metodologias tradicionais, ele propõe uma estrutura alternativa que busca equilibrar autonomia, eficiência e flexibilidade. Publicado como livro por Ryan Singer em 2019, o Shape Up é amplamente reconhecido por introduzir conceitos únicos, como ciclos de trabalho de seis semanas e intervalos de "cooldown".

Ciclos de trabalho e cooldown

Uma das premissas centrais do Shape Up é organizar o trabalho em ciclos de seis semanas. Esse período é ideal para realizar entregas significativas sem perder de vista a linha de chegada. Além disso, entre os ciclos, há um intervalo de duas semanas chamado cooldown, que promove um espaço mais livre para lidar com débitos técnicos, corrigir bugs e realizar melhorias desejadas pela equipe.

Estimativa tradicional vs apetite

Enquanto metodologias tradicionais dependem de estimativas para prever quanto tempo uma tarefa levará, o Shape Up introduz o conceito de apetite. A ideia é determinar quanto tempo e esforço a equipe está disposta a investir em um projeto, ajustando o escopo para caber dentro desse limite. Isso promove uma maior flexibilidade e evita surpresas durante o desenvolvimento.

A dinâmica do shaping e do betting

Antes do início de cada ciclo, há uma etapa chamada shaping, na qual o escopo do trabalho é definido e moldado por uma equipe dedicada. Esses projetos modelados são então priorizados em uma "mesa de apostas" (betting), onde gestores e líderes estratégicos decidem quais iniciativas seguirão para a execução.

Trabalhando com times pequenos e altamente autônomos

Um dos pilares do Shape Up é o uso de times pequenos, geralmente compostos por até três pessoas. Essa configuração reduz a necessidade de comunicação excessiva e facilita tomadas de decisão rápidas e autônomas. No entanto, para que funcione, é essencial contar com profissionais experientes e qualificados.

O fim do backlog

No Shape Up, o backlog tradicional é descartado. Em vez disso, ideias e demandas relevantes são reapresentadas naturalmente ao longo do tempo. Isso reduz o trabalho de manutenção de tarefas e garante que somente prioridades reais ocupem a atenção da equipe.

Ajustes durante o ciclo

Embora a modelagem inicial busque prever possíveis problemas, ajustes no escopo podem ser necessários durante o ciclo. Nesse caso, as equipes têm liberdade para adaptar o trabalho, garantindo que ele seja concluído dentro do tempo estipulado. Caso um projeto se torne inviável, ele pode ser devolvido ao processo de shaping para reavaliação.

Conclusão

O Shape Up é mais do que uma metodologia; é uma filosofia que promove autonomia, foco e entregas consistentes. Embora não seja uma solução universal, ele oferece ferramentas valiosas que podem ser adaptadas para diversas realidades organizacionais. Para quem busca uma alternativa às práticas tradicionais, essa abordagem pode ser uma boa opção.

Ouça também o episódio sobre Processos Ágeis com o Victor Hugo e o episódio sobre Desenvolvimento Lean de software com Samuel Crescêncio.

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