Nete episódio a Raissa Hissari, coordenadora de operações na Better Now, explorara o universo dos testes manuais e automatizados, discutindo suas aplicações, limitações e como as equipes podem melhorar a qualidade do software. O conteúdo desta conversa é aplicável por desenvolvedores, QA’s e Tech Leaders.
O olhar humano nunca vai deixar de existir. Automatizar tudo não resolve, porque precisamos olhar para o que o cliente realmente vai usar e garantir que ele se sinta confortável com aquilo.
Os testes automatizados oferecem grandes vantagens em cenários de alta complexidade e repetição, como testes regressivos e de performance. Por outro lado, tarefas como validação de layouts, design de interfaces (UX/UI) e testes de hardware ainda dependem do olhar humano. Enquanto as ferramentas podem detectar diferenças mínimas, como um pixel deslocado, o julgamento sobre o impacto dessas diferenças para o usuário final continua sendo essencialmente humano.
Além disso, o custo e o tempo necessários para implementar automação devem ser considerados. Testes manuais, apesar de mais simples, podem ser mais ágeis em contextos específicos, como na validação de equipamentos, onde é preciso lidar diretamente com a interação física.
Muitas equipes trabalham sem um profissional especializado em QA. Em cassos assim eles podem aplicar essas boas práticas:
Essas práticas garantem uma base sólida de qualidade, mesmo sem um QA dedicado.
Um dos principais benefícios dos testes automatizados é a possibilidade de realizar verificações constantes e abrangentes sem esforço adicional. Empresas de ponta já integram esses testes em suas pipelines, permitindo execuções automáticas diárias ou durante a madrugada, afinal de contas existem falhas que só aparecem em horários específicos do dia. Isso evita surpresas de última hora e assegura que alterações no código não causem falhas em funcionalidades anteriores.
Uma das dificuldades enfrentadas em testes, especialmente os automatizados, é a criação e gestão de dados. Essas são algumas alternativas:
Essas práticas são fundamentais para ambientes complexos, onde a dependência de sistemas externos pode atrasar o processo de desenvolvimento.
A integração entre desenvolvedores e QA é essencial para evitar atrasos. O ideal é que o QA participe desde o início do desenvolvimento, criando casos de teste enquanto as funcionalidades estão sendo construídas. Isso reduz o tempo necessário para validações e promove uma entrega mais ágil.
Além disso, ferramentas de automação “low-code”, que permitem criar testes automatizados de forma intuitiva, são uma tendência para otimizar o trabalho do QA.
O mercado de QA está em constante evolução. Ferramentas baseadas em inteligência artificial estão surgindo para otimizar testes manuais e automatizados simultaneamente. Outro ponto é a necessidade de equipes multidisciplinares, onde desenvolvedores também testam e QA’s compreendem o ciclo de desenvolvimento.
Essas mudanças promovem maior integração e eficiência, preparando profissionais para desafios crescentes no desenvolvimento de software.
Automatizar tudo não é a solução. O olhar humano permanece indispensável para garantir que a experiência do usuário seja satisfatória e que o software atenda às necessidades reais do mercado. Assim, uma combinação estratégica entre testes manuais e automatizados é a chave para alcançar alta qualidade sem comprometer agilidade.
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