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Episódio 196

Conflitos no trabalho com Julio Henrique Salina

21 de julho de 2024 • 1 hora e 5 minutos

Lidar com conflitos no ambiente de trabalho está entre as situações mais desafiadoras que profissionais mais seniores enfrentam. Essa conversa foi inspirada por uma postagem do Julio Henrique Salina, CTO e CPO na Getrack, que gerou grande engajamento no LinkedIn, trazendo reflexões sobre o impacto dos conflitos e formas de administrá-los para impulsionar resultados e fortalecer relações profissionais.

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A maturidade profissional de uma pessoa é medida pela sua capacidade de resolver conflitos de maneira eficaz. Conflitos vão acontecer, o importante é lidar com eles de forma saudável.

Julio Henrique Salina

Resumo deste episódio

A Diferença entre conflito e confronto

É necessário primeiro distinguir conflito de confronto. Conflitos surgem de divergências de opinião ou interesse e, se bem administrados, podem ser altamente construtivos. Eles geram inovação, fortalecem relações e levam a soluções mais criativas. Já o confronto implica agressividade e ruptura de relações, resultando em ressentimentos e um ambiente de trabalho tóxico. Saber lidar com conflitos antes que se transformem em confrontos é essencial para manter a harmonia no ambiente profissional.

Como encarar conflitos sem evitá-los

Um ponto crucial para enfrentar conflitos é desenvolver coragem para abordá-los diretamente. Isso começa com uma comunicação aberta e clara, evitando acusações e promovendo um diálogo respeitoso. Três passos foram destacados para resolver conflitos:

  1. Iniciar a conversa: Agendar uma reunião privada demonstra maturidade e disposição para resolver a questão.
  2. Esclarecer o ponto de vista: Comunicar-se com calma, evitando julgamentos ou acusações.
  3. Entender a perspectiva do outro: Ouvir ativamente e buscar compreender as motivações alheias.

A importância da empatia e da escuta ativa

Resolver conflitos exige empatia e uma postura aberta. Colocar-se no lugar do outro não significa concordar, mas reconhecer e valorizar seus sentimentos e opiniões. A escuta ativa é fundamental para garantir que as trocas de ideias sejam produtivas, permitindo que todas as partes se sintam ouvidas e respeitadas.

Aplicando comunicação não-violenta (CNV)

A Comunicação Não-Violenta (CNV) é uma abordagem poderosa para lidar com conflitos. Essa metodologia é baseada em quatro pilares:

  1. Observação sem julgamento: Descrever os fatos sem críticas ou avaliações.
  2. Expressar sentimentos: Comunicar como a situação nos afeta emocionalmente.
  3. Identificar necessidades: Deixar claro o que precisa ser atendido.
  4. Fazer pedidos claros: Propor soluções objetivas para melhorar a situação.

Quando mediar conflitos é necessário

Nem sempre as partes envolvidas conseguem resolver um conflito sozinhas. Nesses casos, a mediação é crucial. Um mediador neutro cria um ambiente seguro para que todas as preocupações sejam expostas. Esse papel pode ser assumido por um líder, alguém do RH ou de outra área, desde que seja imparcial. Documentar o processo e estabelecer feedback contínuo são práticas recomendadas para prevenir novos desentendimentos.

Conflitos entre liderança e equipe

Um ambiente saudável permite que opiniões divergentes sejam expressas sem medo de retaliação. Enquanto o líder deve estar aberto a críticas e pronto para revisar decisões, o liderado precisa compreender que nem todas as suas sugestões serão implementadas. A maturidade profissional está em discordar e mesmo assim comprometer-se com a decisão tomada.

Parceria ou conflito: Produto vs Engenharia

O relacionamento entre equipes de produto e engenharia geralmente são uma fonte comum de atritos em empresas de tecnologia. Para mitigar esses conflitos, é essencial:

  • Incorporar engenheiros nas discussões estratégicas desde o início.
  • Definir papéis e responsabilidades de forma clara.
  • Compartilhar o crédito pelas conquistas.
  • Promover uma cultura de colaboração e respeito mútuo.

Lições sobre conflitos frequentes

Ao longo da carreira, percebe-se padrões em conflitos recorrentes. Muitas vezes, eles nascem de vieses trazidos de experiências anteriores, resistência à mudança ou receio de perder espaço. Encorajar uma cultura de experimentação e aprendizado com os erros pode reduzir essas tensões e criar um ambiente mais dinâmico e inovador.

Conclusão

Conflitos fazem parte do cotidiano profissional, mas podem ser encarados como oportunidades de crescimento e aprendizado. Resolver conflitos com eficácia demonstra maturidade e fortalece equipes. Cultivar empatia, manter a comunicação aberta e promover uma cultura colaborativa são importantes passos para transformar diferenças em avanços.

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