Alcançar o nível sênior definitivamente não é o fim da carreira, mas nem sempre fica claro o que podemos fazer para dar um próximo passo. Neste episódio o Giovanni Bassi, co-founder da Lambda3, fala sobre planejamento de carreira, aprendizado contínuo e escolhas estratégicas para quem busca se destacar.
Quando você muda para uma posição de gestão, você troca o editor de texto por uma planilha. Isso precisa estar alinhado ao que você quer para os próximos 30 anos.
A evolução após o nível sênior depende de uma análise honesta sobre sua fase de vida e objetivos. Momentos de maior disponibilidade de tempo podem ser aproveitados para aprender habilidades mais complexas, enquanto fases com outras prioridades, como cuidar da família, podem direcionar escolhas para tecnologias mais estáveis e demandadas.
Uma abordagem eficaz é aprender enquanto trabalha, escolhendo projetos que desafiem e expandam seus conhecimentos. Isso ajuda a evitar sobrecarga e mantém o aprendizado sustentável. O segredo é equilibrar os objetivos pessoais e profissionais para tomar decisões alinhadas à sua realidade.
O momento ideal para expandir seus horizontes é quando o dia a dia já não apresenta desafios significativos. A monotonia pode ser um sinal de que é hora de aprender algo novo. No entanto, é importante evitar se tornar um “júnior em tudo”. Aprofundar-se primeiro em uma área e, depois, explorar outras pode trazer mais valor ao seu perfil profissional.
Outra dica é avaliar sua zona de conforto. Se você busca maior empregabilidade ou salários mais altos, sair dela é essencial. Por outro lado, se deseja estabilidade, manter-se em tecnologias consolidadas é igualmente válido.
Aprender uma nova tecnologia requer curiosidade e experimentação. O aprendizado prático é altamente recomendado: começar com tutoriais de “quick start”, projetos pessoais e depois aplicar os conhecimentos em contextos reais. Esse processo pode ser complementado com leituras, cursos e vídeos, mas o foco deve estar em colocar a “mão na massa”.
Documentações oficiais também são valiosas, especialmente quando bem escritas. No entanto, para tecnologias como Kubernetes, que podem ser complexas, é importante combinar materiais alternativos para compreender conceitos fundamentais.
Avaliar a relevância de uma tecnologia requer atenção a dois fatores principais: o suporte de grandes empresas e a adoção de padrões de mercado. Tecnologias com forte patrocínio corporativo tendem a ter maior longevidade. Já as que contrariam padrões amplamente aceitos enfrentam maior risco de desaparecer.
Outra dica é diversificar. Enquanto investe em tecnologias consolidadas, dedique parte do tempo a explorar tendências promissoras. Assim, você se prepara para oportunidades futuras sem comprometer sua empregabilidade no presente.
Soft skills e experiências prévias podem ser grandes diferenciais. Profissionais que desenvolvem habilidades como comunicação, negociação e trabalho em equipe se destacam, especialmente em equipes remotas. Para quem está começando na área, trazer bagagem de outros setores pode acelerar o desenvolvimento e aumentar as chances de sucesso.
O desenvolvimento contínuo na carreira de tecnologia exige autoconhecimento, planejamento e curiosidade. Seja aprofundando-se em sua especialidade, seja explorando novos horizontes, o importante é alinhar suas escolhas com suas metas e valores. E, como o episódio destacou, não subestime o impacto das soft skills e da adaptabilidade em sua jornada.
Ouça também o episódio sobre Crescimento Baseado em Desafios com o Leonardo Menezes para conhecer outra tática de desenvolvimento pessoal poderosíssima!
