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Podcast
Tech Leadership Rocks
Episódio 212

Team Topologies além do básico com Manuel Pais

• 56 minutos

É fácil se apegar ao básico de Team Topologies e não tirar o melhor proveito esse modelo para alcançar resultados mais consistentes adaptando-o ao seu contexto. Neste episódio o co-autor do livro, Manuel Pais, explorar aspectos avançados de Team Topologies e que serviram de base para o desenvolvimento desta ferramenta.

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As fricções em sistemas complexos não vêm das partes isoladas, mas de como elas interagem. Definir modos claros de interação é crucial para aumentar o fluxo e reduzir dependências.

— Manuel Pais

Capítulos

00:00 Introdução
00:52 Quem é Manuel Pais
01:54 Um presente pro ouvinte
02:16 Sinais do que equipes stream-aligned não são mais o suficiente
08:52 O significado de produtividade
11:59 Como não passar do ponto ao usar Team Topologies
16:16 Desafios para implementar Team Topologies
19:37 Dependência bloqueante
21:48 Não dependa de colaboração para que entregas aconteçam
24:14 Onde as empresas erram ao usar Team Topologies
27:38 Team Topologies vs Agilidade
30:50 A sacada dos modos de interação
32:53 Encontrando o 80/20 do Team Topologies logo no começo
37:25 Comece pequeno com Team Topologies
38:19 Alguma coisa ficou fora do livro?
43:14 Equipes multidisciplinares vs Stream-aligned + Plataforma
47:57 Tendências para o futuro de Team Topologies
53:26 Presente para os ouvintes

Resumo deste episódio

Quando faz sentido diversificar os arquétipos de equipes?

As equipes Stream-Aligned são a base do modelo, pois são responsáveis por entregar valor diretamente ao cliente. Porém, apenas criar equipes focadas no fluxo de valor não é suficiente em longo prazo. É comum que, com o sucesso, essas equipes acumulem responsabilidades, aumentando a carga cognitiva e reduzindo a eficiência.

Como resolver isso?
Quando o crescimento da carga cognitiva é notável, considere dividir a equipe em grupos menores ou introduzir arquétipos complementares, como:

  • Equipes de Plataforma: abstraem complexidades tecnológicas, oferecendo caminhos otimizados (Golden Paths).
  • Equipes Enabling: ajudam no desenvolvimento de habilidades específicas, como automação ou monitoramento, devolvendo autonomia às equipes principais.

Como evitar o exagero na implementação de Team Topologies?

Um erro comum é aplicar o modelo de maneira excessiva ou inflexível, criando equipes de plataforma ou enabling antes que elas sejam realmente necessárias. Isso pode gerar desperdício de recursos e desconfiança entre os times.

Sinais de alerta:

  • Plataformas criadas sem considerar as reais necessidades das equipes usuárias.
  • Equipes de produto sem conhecimento básico para interagir com a plataforma.

Solução:
Comece pequeno. Concentre-se em um projeto piloto e ajuste as prioridades conforme a necessidade. Além disso, promova workshops para alinhar expectativas e construir confiança entre as equipes envolvidas.

Modos de interação: colaboração ou dependência?

A interação entre equipes é tão importante quanto sua configuração. Dependências mal gerenciadas podem gerar gargalos, atrasos e até conflitos internos.

Estratégias para melhorar interações:

  • Use a colaboração para remover dependências, não para mascará-las.
  • Defina claramente os modos de interação: colaboração temporária, facilitação ou trabalho de serviço (como uma plataforma self-service).
  • Reduza ao máximo as dependências bloqueantes, permitindo que as equipes operem de maneira autônoma.

A relação entre Team Topologies e Agilidade

Embora Team Topologies e metodologias ágeis compartilhem princípios como equipes pequenas e multidisciplinares, o modelo introduz um foco maior nas interações entre times.

Diferenciais do modelo:

  • A agilidade tradicional enfatiza a redução de dependências, mas Team Topologies reconhece que algumas dependências são inevitáveis, propondo modos eficientes de interação.
  • A autonomia é preservada sem sobrecarregar as equipes, graças às plataformas e ao suporte enabling.

Passos iniciais para aplicar o modelo na prática

Para líderes interessados em implementar Team Topologies, os passos iniciais podem determinar o sucesso da transição:

  1. Escolha um projeto piloto: Identifique um serviço de valor claro ao cliente e monte uma equipe Stream-Aligned.
  2. Mapeie necessidades e barreiras: Determine o que essa equipe precisa para operar de forma independente (pipelines, acesso ao ambiente de produção, entre outros).
  3. Ofereça suporte adequado: Crie equipes de enabling ou integre especialistas para reduzir lacunas de conhecimento.
  4. Avalie e escale: Use o aprendizado do piloto para adaptar o modelo em outras áreas da organização.

O futuro de Team Topologies: tendências e inovações

O modelo já demonstra aplicações além da tecnologia, como em equipes de marketing e vendas. No futuro, duas áreas merecem atenção:

  • Expansão para outros setores: A abordagem pode ser usada em qualquer trabalho complexo, desde que haja necessidade de colaboração estruturada.
  • Impacto da Inteligência Artificial: Com avanços na IA, a necessidade de interações humanas pode diminuir, mas as dependências entre equipes ainda serão um desafio crítico.

Conclusão

Team Topologies não é apenas um modelo organizacional, mas uma ferramenta poderosa para criar times mais autônomos e eficientes. Começar com projetos pequenos, manter a flexibilidade e focar na interação intencional são passos essenciais para o sucesso. Adotar esses princípios pode transformar não apenas a entrega de valor, mas também a cultura organizacional como um todo.

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